A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) anunciou no início de março que a projeção do crescimento do PIB agropecuário é de 4% em 2013 e empresas como a catarinense Hybel não só se preparam para atender a forte demanda do setor, como já sentem os primeiros reflexos. Só nos meses de janeiro a março a alta no segmento foi de 17% e a expectativa é, até o final do ano, ampliar para 40% estas vendas.

Com cerca de 70% do faturamento vindo do setor agrícola, a fabricante de bombas e motores óleo-hidráulicos com matriz em Criciúma/SC e 13 unidades de negócio nos principais centros do país e em Chicago (EUA), tem como meta produzir 20.000 bombas por mês para atender ao elevado número de pedidos. A projeção otimista é baseada na aceitação de mercado de produtos da marca para tratores, colheitadeiras e pulverizadores, como a bomba de engate rápido. O produto da Hybel reduz o número de componentes necessários para a fabricação dos implementos agrícolas, diminuindo também o custo final do implemento para o fabricante e os custos de manutenção para o agricultor. Com as tampas confeccionadas em liga de alumínio especial para cargas elevadas de pressão, a bomba de engate rápido da Hybel tem ainda a vantagem de ser 20% mais leve em relação às peças disponíveis no mercado. Essa configuração mais leve é usada também em outros tipos de acoplamento e modelos de bombas da marca.

Um dos diferenciais da Hybel para atingir a ousada meta de 2013 é a ampla tecnologia de seu parque fabril. A empresa está no seleto grupo de indústrias do setor que contam com unidades próprias de fundição de ferro e aço, garantindo maior controle de qualidade durante todo o processo de fabricação. Além disso, está concluindo sua fundição própria de alumínio e investiu na instalação de uma unidade de tratamento térmico que, com sistemas automatizados, assegura a precisão e eficiência de todos os produtos. "Com a implantação dos processos internos a empresa ainda diluiu custos e conseguiu ampliar sua competitividade", destaca a CEO da empresa, Natália Pascoali Boeira. Hoje a catarinense compete com duas multinacionais instaladas no país e consegue oferecer com frequência preços mais atrativos que a concorrência.

Outro fator que favorece a Hybel é o desenvolvimento de projetos e sistemas hidráulicos ou planejamento de melhorias em máquinas e equipamentos projetados em conjunto com o comprador. A partir das necessidades apresentadas pelo cliente a equipe técnica da Hybel desenvolve junto com o departamento de engenharia do cliente a solução hidráulica mais adequada para que a linha de produção dele acumule maiores resultados. "É quase uma terceirização da parte hidráulica do produto fabricado pelo nosso cliente. Otimizamos o projeto dele", explica a CEO. A reengenharia e engenharia do projeto hidráulico não aumenta o custo final do produto para o cliente. "É um adicional que ofertamos. Isto só corrobora nossa posição de ser parceiro de nossos clientes", complementa ela.

O atendimento mais próximo, contínuo também no pós-venda e manutenção, e a parceria na elaboração da solução hidráulica rendem à Hybel maior abertura com as principais montadoras do país e do exterior, principalmente pelo curto espaço de tempo que separam a necessidade do cliente do recebimento do produto adequado: dependendo da complexidade do projeto as peças podem ser entregues em apenas três dias úteis. Com as unidades de negócio instaladas nos pontos mais estratégicos do país e produtos em estoque em todas as regiões, tem se destacado da concorrência também pela agilidade com que entrega peças que já fazem parte de seu catálogo de produtos. "Com estes diferenciais e a agilidade com que entregamos a solução ao cliente, estamos fidelizando nosso mercado. Hoje a Hybel tem sua marca reconhecida por vender mais que o produto: vendemos soluções hidráulicas", resume Natália.

Entre montadoras e revendedores a Hybel atende atualmente, só no setor agrícola no Brasil, mais de dois mil clientes. Os principais mercados da empresa são os estados do Sul, Centro-Oeste, São Paulo e o Triângulo Mineiro.